Revisão da Vida Toda - Como está o andamento?
Dr. Márcio Coelho, advogado previdenciário, fala sobre um dos assuntos mais comentados dos últimos tempos
Às vésperas da retomada do processo de análise da revisão da vida toda no Supremo Tribunal Federal (STF), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) começou a responder aos pedidos administrativos para a correção, porém tem negado tais solicitações por alegar que o caso ainda não alcançou sua conclusão definitiva, ou seja, não atingiu o status de "trânsito em julgado".
“Embora o Ministro Alexandre de Moraes tenha fixado prazo para o INSS efetivar a Revisão da Vida Toda, reajustando-as de acordo com o decidido pela Justiça, o INSS veio a interpor mais um recurso visando modificar esta decisão, já alvo de sucessivos recursos por parte da autarquia. Contudo, o novo recurso interposto pelo INSS, embargos declaratórios, não possibilita a rediscussão do mérito da decisão. É que os embargos declaratórios servem apenas para corrigir um lapso cometido, como um erro aritmético, ou um trecho da decisão que comportaria duas interpretações a ensejar melhor esclarecimento. Contudo, esses embargos claramente ultrapassam essa barreira pois pretendem modificar a própria decisão, já exaustivamente discutida”, explica o advogado previdenciário Márcio Coelho.
A revisão da vida toda proporciona aos aposentados a possibilidade de incluir em sua aposentadoria os salários recebidos em épocas anteriores a julho de 1994, com o intuito de aumentar o valor do benefício. Esta correção foi aprovada pelo Supremo em dezembro de 2022, com um placar de 6 votos a favor e 5 contra, e a decisão final do julgamento foi publicada em abril de 2023.
O julgamento deste recurso está previsto para ocorrer entre 11 a 21 de agosto deste ano.
Dr. Márcio Coelho - Formado advogado pela Faculdade Paulista de Direito - PUCSP - no ano de 1975 - OAB. 45.683/SP. É advogado liberal e está afrente de escritório de advocacia que leva seu nome "Márcio Coelho - Advogados" fundado por seu pai, Abílio Branco Coelho, na década de 40, sempre com especialização voltada para a área de previdência social e questões trabalhistas.